Ele foi criado na Inglaterra, na Universidade de Kent, com o intúito de desenvolver a lógica em crianças a partir de 5 anos. Hoje ele é utilizado por vários locais no mundo e até em cursos de ensino superior. Alguns países como Espanha, Itália, França, China e até mesmo o Brasil, já possuem o tutorial do Greenfoot traduzido para a sua linguagem nativa.
O melhor de tudo é que para escrever código no Greenfoot não é necessário um computador potente, ele é leve e roda até naqueles computadores que já estão indo para a sucata. Muitas escolas, que hoje não tem equipamentos sofisticados, podem usar seu laboratório de informática com máquinas bem simples, reforçando o desenvolvimento educacional de seus alunos a partir do Greenfoot.
A utilização do Greenfoot na educação é realizada principalmente através do desenvolvimento de jogos, porém pode ser utilizado para o desenvolvimento de aplicações em geral, desde que estas possuam uma parte gráfica.
Por isso, é um software fácil de ser utilizado e dinâmico. Em sua interface gráfica, podem ser criados e colocados objetos que representam um mundo. Esses objetos podem adquirir papéis diferentes, como: mundo, ator do mundo ou simplesmente um objeto do mundo. Esses objetos possuem algumas ações pré-definidas e estas podem ser programadas e ampliadas.
O material do Greenfoot é muito bem documentado, porém, em sua maioria, os textos são fornecidos apenas na língua Inglesa. Desafio: Quase todos os documentos ainda não possuem tradução para o português.
A proposta de trabalho do DFJUG para nossa comunidade é trazer o Greenfoot para as escolas e telecentros brasileiros. Imaginem como isso iria ajudar crianças que já nascem com a habilidade natural de ”mexer” em computadores, celulares e outros equipamentos eletrônicos, aquilo que a psicologia chama talento para a análise lógico-simbólica? Elas estariam desde pequenas em contato com as novas tecnologias e reforçando o desenvolvimento de seu raciocínio lógico.
O DFJUG convidou a colega Luciana Pereira de Araújo, de Blumenau (SC), para coordenar a comunidade interessada em participar desta importante e bonita atividade. Nossa proposta é comunitariamente trabalharmos da mesma forma como fizemos, à SertãoJUGdois anos atrás, no nosso curso de engenharia de software livre e gratuito JEDI (www.dfjug.org/jedi/index.jsp)
Ela é uma experiente desenvolvedora de dispositivos embarcados e, a primeira vez que ouvimos falar dela foi durante a última copa do mundo, quando nos informou sobre um software livre que tinha desenvolvido para monitorar a tabela Copa do mundo em J2ME. O software apresenta todas as tabelas de jogos da copa do mundo 2010 separadas por grupos. Permite que seja preenchida a pontuação de cada jogo, como é feito em uma tabela da copa comum. O diferencial é que, conforme a pontuação é preenchida pelo usuário, as tabelas das quartas de final, semi-final e final são preenchidas com os times "automaticamente". E, caso seja alterada a pontuação, essas tabelas são atualizadas dinamicamente. Caso queiram baixá-lo, mais detalhes sobre este software você encontra em : www.dfjug.org/boletins/bolet_
Ela é programadora Java, formada em Técnico de Software pelo CEDUPHH (Blumenau-SC) e em breve e, em breve, em Ciência da Computação pela Universidade Regional de Blumenau (FURB). Ministra cursos de programação de Java, J2ME, Delphi e SQL básico em escolas de informática de sua cidade.
Luciana, uma entusiasta do Greenfoot, pergunta: O que falta para que tudo isso ocorra?
- Primeiramente é importante envolver a comunidade Java interessada em colaborar nesta ação;
- Segundo é necessário termos um bom material traduzido e de fácil compreendimento. O processo de aprendizagem de uma criança Inglesa não é o mesmo que o de uma criança Brasileira, por isto, o material deve ser adequado às nossas necessidades, apresentando este conteúdo de uma linguagem simples e compreensível para as crianças da nossa realidade;
- O terceiro passo é divulgar esse material, nas escolas, comunidades de bairro, telecentros, e entre as próprias crianças conhecidas;
- e, por fim, a parte mais desafiantes será convencer as escolas, e o Estado, a implantar esse novo conceito de ensinar.
“Tive uma experiência em uma escola aqui de Blumenau, onde apresentei um Jogo e um programa que ensina a tabuada com figuras, ambos desenvolvidos no Greenfoot. O diretor dessa escola ficou muito empolgado, já queria que eu gravasse em um CD para que os alunos levassem para casa. Apresentei também para outras pessoas e escolas e a maioria pareceu se empolgar bastante com o software”.
Dessa forma, as etapas que temos pela frente são:
1 – Convidar a comunidade Java Brasiliera a colaborar;
2 – Traduzir o material integral;
3 – Transformar o conteúdo em uma linguagem mais simples;
4 – Revisar o material traduzido e formatado;
5 – Desenvolver aplicativos e jogos para crianças brasileiras;
6 – Divulgar o Greenfoot entre a comunidade interessada.
Se você se interessar em participar deste grupo conosco, caso tenha disponibilidade e um pouco de tempo em sua semana para colaborar, entre em contato por e-mail com lucianahh@gmail.com, informando seu nome e em que etapa deseja contribuir.
Se não poder ajudar agora, tudo bem, colabore divulgando este texto para todos os desenvolvedores Java que você conhece e que acredita estejam interessados em participar.
Juntos podemos produzir este material para as crianças brasileiras, pois temos a certeza de que, quanto mais pessoas se unirem a esta ação, maior será a probabilidade de obtermos sucesso.
Participe!
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