quinta-feira, 28 de maio de 2015

EUA pedem que Google seja ignorado em caso sobre Java

Washington - O governo do presidente norte-americano Barack Obama tomou partido nesta terça-feira contra a Google e disse que a Suprema Corte do país não deve ouvir o apelo da empresa em um caso contra a Oracle Corp com amplas implicações para a indústria de tecnologia, de acordo com um documento apresentado à corte.

O caso envolve o quão abrangente deve ser a proteção dos direitos autorais para a linguagem de programação Java.

A Oracle venceu uma decisão do tribunal de apelações federal no ano passado, que garante o direito autoral de partes do Java, mas o Google argumenta que deveria ter liberdade para usar Java sem pagar licenciamento.

O Google, que usou Java para projetar seu sistema operacional para smartphones Android, apelou à Suprema Corte dos EUA.

O tribunal então pediu ao governo Obama em janeiro para se pronunciar sobre o caso.

Segundo o Google, uma vitória da Oracle pode obstruir "um grande volume de inovação", porque os desenvolvedores de software não seriam capazes de construir livremente sobre o trabalho uns dos outros.

Mas a Oracle diz que a proteção efetiva de direitos de autor é a chave para a inovação de software.

O advogado-geral norte-americano, Donald Verrilli, disse no documento apresentado nesta terça-feira que o argumento do Google de que o código não tem direito à proteção "não tem mérito" e que não precisa ser revista pela Suprema Corte.

A Suprema Corte deve decidir sobre o caso até junho.

Fonte: Exame

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Linguagem Dart quer substituir Java e acelerar apps do Android

Com exceção de alguns games, os apps do Android são baseados no Java. Mas essa dependência do sistema operacional, que também tem a interface feita na linguagem, não deve demorar a diminuir. Isso porque engenheiros do Google trabalham, pelo menos desde 2011, na criação de um substituto, chamado de Dart, cuja aplicação no SO, batizada de Sky, foi mostrada recentemente durante um congresso.

A plataforma de programação web tem como foco o desempenho dos aplicativos criados com base no framework demonstrado. De acordo com Eric Seidel, engenheiro que faz a apresentação do vídeo abaixo, um dos principais objetivos do sistema é fazer aplicações rápidas e responsivas, que rodam sempre estáveis, sem atrasos na exibição.

Nos padrões atuais – e na aplicação demonstrada, que pode ser baixada aqui –, isso equivale a 60 Hz (ou 60 frames por segundo) constantes. Contudo, a ideia dos desenvolvedores é fazer esse patamar dobrar, chegando a 120 Hz. E o mais interessante: tudo sem os chamados janks, causados por frames que demoram demais a carregar e que não conseguem acompanhar a taxa de atualização (refresh rate) da tela do dispositivo.

A API do framework Sky simplesmente “não bloqueia a thread principal da UI”, ou interface do usuário. “Isso significa que a UI continuará rápida e responsiva, mesmo que o aplicativo fique lento”, diz o site Ars Technica. No exemplo mostrado, os frames eram renderizados a 1.2 ms, bem abaixo dos 8 ms necessários para chegar à marca de 120 Hz. A aplicação, porém, é bem simples, o que ainda deixa dúvidas em relação aos apps mais pesados.

Outra característica da linguagem é o fato de ser ligada à web, ponto em que remete ao HTML5. Seus apps “funcionam um pouco como sites”, e a maior parte de seus códigos fica hospedada na rede. Dessa forma, desenvolvedores podem continuar o trabalho nas aplicações e usar o servidor HTTP para enviar as novas informações – e atualizações, inclusive de segurança –, instaladas assim que a aplicação é reaberta no dispositivo do usuário – igual a um site.

O lado “web” da linguagem também significa que ela é agnóstica, e deve rodar em qualquer plataforma que tenha uma máquina virtual Dart. Em uma comparação um pouco forçada, é mais ou menos a mesma história de aplicativos em HTML5 que funcionam em qualquer navegador com suporte. A principal diferença está no fato de que os apps na nova linguagem têm acesso às APIs do sistema, o que aumenta consideravelmente sua integração.

O lado negativo dessa dependência da web é que as aplicações, como a demonstrada pelo engenheiro Seidel, não funcionam offline. É algo que poderia ser resolvido com cache, mas não deixa de ser um contratempo.

De qualquer forma, o framework Sky ainda está no início da fase de testes. Por isso, não há previsão para a chegada de apps na Play Store, além do demonstrado na apresentação. O projeto é de código aberto, e você pode checar os avanços dos engenheiros do Google – e até tentar colaborar – na página no Github.

Fonte: Imasters